Empregos gerados com a obra tendem a aquecer o consumo da região, refletindo positivamente para bares, restaurantes e demais tipos de comércios
No último dia 18 de março, o 1º Fórum Vou de Túnel deu início às discussões e análises do projeto de construção de um túnel submerso que interligue as cidades de Santos e Guarujá. A proposta visa melhorar a mobilidade urbana entre os municípios e na região portuária. A expectativa é que a iniciativa gere empregos, aqueça a economia das duas cidades e da região, e movimente ainda mais o turismo, conforme acredita Heitor Gonzalez, presidente do SINHORES (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e Vale do Ribeira).
“Hoje, os dois municípios são polos geradores de turismo individuais. Eles recebem seus turistas por meio de uma rodovia que liga a cada um deles. O deslocamento entre Santos e Guarujá acontece por meio de uma balsa, que pode transformar a passagem para ambos os lados em uma espera enorme dependendo do dia, o que desestimula o turismo e prejudica a economia. Já com o túnel essa mobilidade seria muito mais ágil, trazendo benefícios a todos”, considera Heitor Gonzalez.
De acordo com a apresentação da obra, que tem valor estimado de R$ 3,5 bilhões e previsão de cinco anos de construção, o tempo de deslocamento entre os dois municípios via túnel será de cinco minutos.
“Turismo, economia e mobilidade urbana são os pilares da importância do túnel. Então, os principais benefícios são econômicos, tanto em relação aos turistas que poderão visitar e consumir facilmente nos dois municípios, quanto para pessoas que moram nessas cidades e têm interesse em desfrutar do entretenimento e da gastronomia da outra. Com a melhora da mobilidade urbana, essa frequência de visitação vai crescer”, comenta.
Geração de empregos
O presidente do SINHORES observa, ainda, que os empregos gerados pela demanda da obra tendem a aquecer a economia da região, aumentando o consumo, o que reflete positivamente também em bares, restaurantes e demais tipos de comércios.
“Toda geração de emprego gera um consequente consumo. Com moradores empregados, o consumo na região tende a aumentar. Isso é positivo para ambos os lados, principalmente em um momento de recuperação econômica como o que estamos vivendo”, completa.
A previsão é que cerca de 15 mil oportunidades de trabalho sejam geradas com as obras. A construção prevê três faixas de rolamento, ciclovia e passagem de pedestres, além de preparo para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Conforme discutido pelos participantes do fórum, é estimada uma cobrança de pedágio entre R$ 13,00 e R$ 14,00, quase o mesmo cobrado atualmente na travessia de balsas (R$ 14,20).