O Fator K é uma metodologia utilizada pela Sabesp para calcular a carga poluidora do lançamento de esgotos não domésticos na rede pública. E essa cobrança muitas vezes não condiz com a realidade, por vezes sendo abusiva e gerando um custo maior para os empresários do segmento de restaurantes, bares, hotéis e similares.
Pensando em reduzir o valor desta cobrança e auxiliar o meio ambiente, o presidente do sindicato, Heitor Gonzalez, irá propor um sistema de coleta e tratamento de resíduos. “Irá funcionar da seguinte forma: a empresa montará uma estrutura para coletar e tratar este afluente, antes que ele seja encaminhado para a rede de esgoto”, conta o presidente.
Além disso, o SINHORES irá exigir que a Sabesp envie uma notificação para entidade indicando o dia, horário e regiões que serão realizadas as fiscalizações do sistema de resíduos. “Em tempos de crise esta medida é fundamental para conter despesas, o projeto ainda é embrionário mas estamos buscando apoio para colocá-lo em prática o quanto antes”, destaca Gonzalez.
Para que esta proposta saia do papel, o sindicato está contando com o apoio da União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs). O presidente do sindicato se reuniu com a diretora de sistemas regionais da Sabesp, Monica Porto e com a superintendente Olivia Pompeu de Mendonça Coelho e assessor da empresa Raul Cristiano.
Por parte do poder público, participaram do encontro online: o ex-deputado federal e assessor da presidência, João Paulo Papa; Roberto Andrade e Silva, o Betinho, vereador de Praia Grande e presidente da Uvebs; o secretário-executivo do colegiado, Pedro Garofalo e mais um representante do legislativo de cada cidade.
O grupo não é contra a cobrança, mas sim, a ausência da transparência no processo. “ Nosso objetivo é que o comerciante possa se adaptar, sem gerar poluentes, e pagando pelo que está de fato lançando no meio ambiente”.