O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (SinHoRes) convocou uma reunião extraordinária para orientar os empresários sobre as precauções que devem ser tomadas contra a propagação do novo vírus (COVID-19), que vem assustando o Brasil e o Mundo, e definir quais as medidas serão adotadas pela entidade para minimizar os impactos provocados pela pandemia nos estabelecimentos da região.
O encontro foi realizado na tarde desta terça-feira, na sede do sindicato, e contou com a presença de representantes do setor.
Visando a segurança e bem estar dos clientes e colaboradores das casas, ficou decidido, durante a reunião, que os restaurantes e bares permanecerão abertos, neste primeiro momento, mas com um reforço triplicado na limpeza de mesas, aparadores, maçanetas, portas, vidros, louças e talheres. Cardápios e máquinas de cartão também deverão ser higienizados com álcool, a cada uso.
“Nossa orientação, neste momento, é triplicar todos esses cuidados, seguindo as recomendações da OMS e da Vigilância Sanitária, tanto na limpeza quanto na manipulação de alimentos. Também estamos adotando medidas preventivas, como espaçamento das mesas para manter o distanciamento maior entre os clientes no salão. Estamos recomendando manter janelas e portas abertas, para maior circulação do ar. E estamos disponibilizando álcool em gel para a higienização das mãos dos clientes e funcionários, logo na entrada dos estabelecimentos, e em banheiros e demais dependências”, disse o presidente do SinHores, Heitor Gonzalez.
“Mesmo com todos esses cuidados, sabemos que muitas pessoas não podem ou preferem não sair de casa neste momento. Para atender esse público, estamos orientando os bares e restaurantes a estimularem as vendas no balcão ou pelo delivery. A população pode ficar tranquila, pois estamos adotando todas a medidas possíveis para tornar os estabelecimentos seguros”.
Para tentar amenizar os prejuízos dos empresários, o presidente da entidade vai enviar ofícios aos prefeitos da região, ainda esta semana, pleiteando a suspensão ou adiamento dos pagamentos de encargos como ISS e IPTU.
A entidade também irá reivindicar junto à Sabesp a isenção da taxa de esgoto, neste período de crise. Outra medida adotada foi o início da negociação com o sindicato dos trabalhadores, caso seja necessário, em um futuro próximo, dar férias coletivas aos colaboradores. “Também estamos analisando a possibilidade de liberar os funcionários acima de 60 anos ou aqueles que estejam no grupo de risco”.
Gonzalez disse ainda que a Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo está intermediando a negociação com o Governo do Estado para solicitar a isenção de encargos. Em âmbito federal, também entidades que representam o setor também estão pleiteando a redução da carga tributária, de impostos como PIS e Cofins, e a liberação de linhas de crédito para ajudar no pagamento do FGTS e folha dos funcionários.
Como as mudanças estão sendo muito rápidas, foi criado um comitê de gestão de crise, que vai representar os 17 mil estabelecimentos da região, e acompanhar todas as decisões e mudanças que venham afetar o setor.