Como ainda não há informações sobre a reclassificação do Plano São Paulo e o fechamento das praias, o clima é de incerteza para o setor hoteleiro.
A temporada de verão no litoral de São Paulo será diferente neste ano devido à pandemia do novo coronavírus. A Baixada Santista, que era o destino certo de milhares de turistas, deve sentir o impacto. Para o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e Vale do Ribeira (SinHoRes), a expectativa de ocupação no setor hoteleiro para janeiro ainda é incerta.
A média da taxa de ocupação durante o mês de janeiro de 2019 nas cidades da Baixada Santista ficou em 84% de acordo com o levantamento realizado pelo SinHoRes. Já para esse ano, ainda não há uma média definida pelo setor, já que, no próximo dia 7, haverá a reclassificação do Plano São Paulo.
“Ainda não sabemos o que pode vir. O que impera hoje é uma incerteza muito grande. A realidade para hotéis é de que aos fins de semana há uma boa procura e com boas reservas, mas durante a semana está muito fraco”, afirma o presidente do Sindicato, Heitor Gonzalez. Por enquanto, segundo ele, a previsão é de ocupação abaixo do normal.
“Já temos fins de semana com os hotéis variando entre 70% e 80%, mas isso não vai dar na média no mês. Nós temos que melhorar muito o meio da semana”, explica.
Ele relata a preocupação do segmento em manter o número durante os dias de semana, já que a ocupação está em torno de 25%, muito abaixo dos 50% de reservas do ano passado. Para Gonzalez, esse número baixo se deve a incerteza dos turistas com relação ao fechamento de praias na região.
O presidente espera que tanto o governo estadual quanto o governo municipal continuem fiscalizando os estabelecimentos para o cumprimento das medidas de proteção e deixem o setor de hotéis trabalhar em janeiro.
“Tem gente que não quer saber da pandemia, e essas pessoas devem ser punidas. Não as que estão fazendo as coisas corretas. Os segmentos que estão fazendo o certo não tem que fechar porque os outros não querem cumprir. Educar quem quer ser educado, punir quem não quer saber, e deixar trabalhar aqueles que estão fazendo o certo”, finaliza.
FONTE: G1 SANTOS